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A milenar sabedoria indiana conhecida como Vedanta nos afirma que há um erro básico em nosso entendimento da realidade. Diz com clareza que não somos quem pensamos ser, que a realidade é infinitamente melhor do que nossos sentidos nos apresentam e que de fato somos a própria felicidade que buscamos. À primeira vista, declarações como esta parecem ser “boas demais para serem verdadeiras”. Nossa convicção sobre nós mesmos sempre foi a de que somos pessoas, vivemos no mundo e estamos condenados à morte, inevitavelmente. O mundo externo parece ser real, enquanto o chamado mundo interior, a paz interior, a alegria do silêncio interno, parece ser irreal, ou pelo menos, de difícil acesso.

A visão das escrituras é radicalmente oposta a nossa visão habitual. A felicidade suprema, meta única de toda e qualquer pessoa, é na verdade uma porta sempre aberta, cuja passagem exige apenas a compreensão de quem somos. O sofrimento humano é devido a nossa ignorância da felicidade sempre presente, a identificação com tudo que é temporário e impermanente, como nossos pensamentos, sensações e emoções.

Os discursos das aulas de Vedanta tem a função de iluminar o que antes estava escuro, de revelar o que parecia ser um segredo impenetrável, de trazer a tona a verdade eterna de nossa bem-aventurada existência. E como fruto deste conhecimento, a tão aguardada felicidade!

adi śaṅkarācarya

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